O Fim do Barato



Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém criaram um tipo de maconha medicinal, neutralizando a substância THC, que gera os efeitos cognitivos e psicológicos conhecidos como 'barato'. Esses cientistas que certamente serão caçados por uma multidão frenética e indignada, afirmam que este é somente um tipo de maconha que eles pretendem desenvolver, e que isso não é o fim do 'barato'. \o/

Segundo a professora Ruth Gallily, especialista em imunologia da Universidade Hebraica de Jerusalém e que estuda os efeitos medicinais da cannabis há 15 anos, a segunda substância mais importante da cannabis - o canabidiol (CBD) - tem propriedades 'altamente benéficas e significativas' para doentes que sofrem de diabetes, artrite reumatoide e doença de Crohn. O CBD que se encontra na planta 'não gera qualquer fenômeno psicológico ou psiquiátrico e reprime reações inflamatórias, sendo muito útil para o tratamento de doenças autoimunes'. Obtivemos resultados fantásticos nas experiências que fizemos in vitro e com ratos, no laboratório da Universidade Hebraica', afirmou a cientista, que é professora da Faculdade de Medicina.


A empresa Tikkun Olam obteve a licença do Ministério da Saúde israelense para desenvolver a maconha medicinal e cultiva diversas variedades da planta em estufas na Galileia, no norte de Israel.


De acordo com Zachi Klein, diretor de pesquisa da Tikkun Olam, mais de 8.000 doentes em Israel já são tratados com cannabis, a qual recebem com receitas médicas autorizadas pelo Ministério da Saúde.
De acordo com Klein, a empresa pretende desenvolver um tipo de maconha com proporções diferentes de THC e canabidiol, para poder ajudar a diversos tipos de pacientes.
'Há pacientes para os quais o THC é muito benéfico, pois ajuda a melhorar o estado de espírito e abrir o apetite', afirmou. Ele diz ainda que, em casos de doentes de câncer, a cannabis em seu estado natural, com o THC, pode melhorar a qualidade de vida, já que a substância provoca a fome conhecida como 'larica', incentivando os pacientes a se alimentarem.

O psiquiatra Yehuda Baruch acredita que 'o CBD tem significados medicinais fortes que devem ser examinados'. Baruch, que é o responsável pela utilização da maconha medicinal no Ministério da Saúde, disse à BBC Brasil que 'sem o THC, a cannabis será bem menos atraente para os traficantes de drogas'.
O psiquiatra afirmou que nos próximos meses o Ministério da Saúde dará inicio a um estudo sobre os efeitos do THC e do CBD em pacientes que sofrem dores crônicas.

O experimento será feito com 50 pacientes, que serão divididos em dois grupos. Um grupo receberá cannabis com alto nível de THC e baixo nível de CBD e o segundo receberá mais canabidiol do que THC.
Depois de um mês os grupos serão trocados e, durante a experiência, os pacientes preencherão questionários avaliando as alterações na intensidade da dor. Será que ainda estão aceitando cobaias? o/

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