O Templo de Angkor Wat fica localizado no Cambodja, é o maior e mais bem preservado templo dos que integram o assentamento de Angkor. É também o único que restou com importante significado religioso - inicialmente hindu, e depois Budista - desde a sua fundação. O local é uma bela mistura entre as montanhas e a arquitetura tipicamente indiana. Isso faz do Angkor Wat um dos locais mais belos e inesquecíveis que você possa imaginar.
Angkor Wat só foi descoberto no século XIX, quando um explorador, passando por Cambodja encontrou um magnífico templo cercado por um fosso. No começo ele achou estranho, já que nenhum tempo hindu é voltado para oeste. Mas é claro que Angkor Wat não é um templo comum. O templo foi construído para se parecer com o Monte Meru, o local de moradia dos deuses da mitologia hindu, sendo hoje símbolo do Cambodja e aparecendo até mesmo em sua bandeira.
Esta obra foi iniciada em 802, por Jayavarman II, um rei khmer que escolhera construir sua capital ali. (Angkor significa "cidade" na língua khmer). Em dois séculos, aproximadamente um milhão de pessoas viveram lá. A cidade se estendeu pela planície por 259 km2.
O magnifíco templo, e provavelmente o maior monumento religioso já construído, possui 500 acres. Construído no início do século 12 por Suryavarman II, é considerado o auge da arquitetura e arte clássica do khmer. É dedicado ao deus hindu Vishnu, o preservador - assim como a sua encarnação humana em Suryavarman II, que era considerado um deus-rei.
Angkor Wat consiste em uma área retangular que serve como uma moldura para o "templo, que lembra uma montanha", desenhado com um significado alegórico. O alto santuário central corresponde simbolicamente ao Monte Meru, a montanha sagrada onde os deuses hindus viviam, no centro do universo. Os cinco picos do Monte Meru são representados pelas cinco torres do templo. As paredes que o cercam simbolizam as montanhas que o margeiam e o fosso é o oceano distante. O acesso para as torres centrais é realizado através de 12 escadas que sugerem a íngreme escalada ao Monte Meru.
As torres foram desenhadas para que se parecessem com botões de flores de lótus brotando e que, em certo momento, foram cobertas com ouro. Por todo complexo do templo, entalhes e esculturas retratam deuses, cenas de batalhas, dançarinas, eventos da mitologia hindu e outras imagens. O trabalho em arenito, um material realmente mais leve, facilitou o projeto de construção para os 5 mil artesãos e 50 mil operários que trabalharam na construção do templo ao longo de três décadas.
Ao criar uma ligação mística com a eterna movimentação das estrelas que giravam ao redor do templo, os edifícios e estátuas de Angkor Wat se alinhavam com os equinócios e solstícios.
As paredes da galeria externa são cobertas por entalhes em baixo-relevo que medem mais de 1,80 m de altura e são tidos como os mais longos baixos-relevos contínuos do mundo. As cenas dos entallhes contam as histórias dos épicos da religião hindu - o Ramayana e o Mahabharata - e narra as aventuras de Vishnu. Supostamente, o bando de apsarás, ou dançarinas celestiais, que adorna o templo foi entalhado usando como modelos nuas o próprio harém do rei. Os exóticos penteados e jóias utilizados pelas mulheres ilustram como era a moda da região há nove séculos.
Angkor Wat e a cidade ao seu redor prosperaram até 1431, quando invasores de Siam (atual Tailândia) chegaram. Bastante prejudicada, Angkor foi logo abandonada. Mas a floresta provou ser uma invasora ainda mais destrutiva. Viderias, trepadeiras e furiosas figueiras sufocaram a construção e derrubaram, em pedaços, as paredes de alvenaria, engolindo a cidade perdida.
Felizmente, Angkor Wat agüentou mais do que outras estruturas, pois monges budistas chegaram com os invasores siameses e ocuparam o templo. Na alta torre central, antes o local sagrado do deus hindu Shiva, os monges colocaram uma enorme figura de Buda.
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