O homem que vendeu a Torre Eiffel


Eles venderam a mãe e não entregaram. Ficaram ricos só com a lábia. E fizeram do trambique uma arte

O ano era 1925. Victor Lustig estava vagabundeando em Paris quando se viu uma noticia no jornal: PREFEITURA TEM DIFICULDADES PARA MANTER A TORRE EIFFEL.
Foi o suficiente para atiçar sua malandragem. Lustig se passou por oficial do governo francês e foi atrás de empresários que mexiam com ferro-velho. Arranjou 6. E chamou o grupo para uma reunião num hotel de luxo de Paris. "Como os senhores já devem ter lido, Paris não tem mais como bancar a Torre Eiffel", disse. "A saída é uma só: demolir aquelas 8 mil toneladas de metal e vender como sucata." Ele chegou a alugar uma limusine para levar os homens para uma "visita de inspeção" ao monumento. Depois, chamou de canto o empresário que ele achou mais ingênuo e insinuou: "Se rolar uma comissãozinha, posso facilitar as coisas para o senhor".

Não teve erro: o homem subornou o "oficial" Lustig e levou a torre.
Antes que o comprador percebesse o chapéu, Lustig já estava em um trem com o dinheiro. O lesado, por sinal, não teve coragem de dar queixa na polícia. Afinal, seria o maior vexame se todo mundo soubesse que ele tinha acabado de subornar um trambiqueiro... Pois é. Lustig era mestre porque sabia enganar malandros. E que malandros. 

Certa vez, o golpista procurou ninguém menos que Al Capone, oferecendo um esquema para fazer o dinheiro dele dobrar em dois meses com uns investimentos. O mafioso lhe deu 50 mil dólares, junto com uma descrição do que lhe aconteceria se o enganasse. Aí Lustig simplesmente guardou tudo em um cofre. E dois meses depois, devolveu tudo para Capone, pedindo desculpas e contando que o esquema de investimentos tinha falhado. Grato por Lustig ter sido tão honesto, Capone lhe deu 5 mil dólares como prêmio. E era o tal do prêmio que Lustig esperava desde o começo.
Outro golpe que ele aplicava em golpistas era vender máquinas de falsificar dinheiro. Falsas. Ele escolhia um bandido e contava que tinha um aparelho fantástico, capaz de copiar notas. "Só que leva 6 horas para que o trabalho fique ok", dizia.

O picareta, então, colocava uma nota de 100 dólares na máquina para demonstração. Seis horas depois, saía uma "cópia" perfeita (Lustig colocava duas cédulas verdadeiras lá dentro antes, claro). Depois de embolsar o dinheiro pela máquina, ele ia embora. E o comprador só percebia o engodo depois de 6 horas... Em 1934, finalmente, a carreira dele acabou. Lustig foi preso e mandado para Alcatraz, onde fez companhia ao amigo Capone.

Outros Picaretas:
Victor Lustig

Um comentário:

  1. Olá, vi seu post no T3,

    Cara, hsuahsuashaushs

    Mtu massa, esse sim...eu ri mtu...

    Abraços!

    ResponderExcluir

Deixe seu comentario, opinião, ou sugestão:

Related Posts with Thumbnails