Os Moais


Moai é  um termo utilizado pelos estudiosos para designar as gigantescas estátuas de pedra, encontradas pelas encostas da Ilha de Páscoa (precisamente a 3.706 Km da costa do Chile), construídas por volta de 1300 d.C., e que atingem até 12 metros de altura e algumas pesam até 20 toneladas.
Cercada de mistérios, a Ilha de Páscoa instiga a imaginação de cientistas e visitantes. A Ilha de Páscoa é uma ilha vulcânica que remete à fusão de três vulcões. O mais antigo deles é o Poike, com cerca de  3 milhões de anos, seguido pelo vulcão Rano Raraku, de 2.5 milhões de anos e finalmente, o mais novo, chamado de Maunga Terevaka com cerca de 12.000 a 10.000 anos. 
Cada estátua foi esculpida de uma única rocha basáltica retirada de uma cratera no centro da ilha, a cratera “Rano Raraku”, e seus tamanhos variam de 2 a 12 metros de altura. Depois de esculpidos os moais eram transportados sobre toras até o local onde seriam erguidos, geralmente sobre altares, também de pedra, os “ahus”.
 
As mais de 887 estátuas da Ilha de Páscoa contêm em si uma pergunta intrigante: como um lugar tão pequeno e isolado poderia originar uma cultura capaz de obras tão espetaculares? Há inúmeras décadas pesquisadores e arqueólogos têm se dedicado às questões que Páscoa suscita. Quem construiu os moais? Como foram eles transportados? 
Segundo a teoria mais aceita sobre a ilha, os moais teriam sido erguidos pelos primeiros habitantes, os “Rapa Nui” que significa "Ilha Grande", como uma homenagem  aos líderes mortos, e o que explicaria o fato das estátuas estarem todas de costas para o mar, e de frente para onde se localizavam as aldeias. O que significaria que os moais, continuariam a olhar para sua tribo. A mesma teoria afirma que a lógica de construção dos moais segue um padrão que está relacionado à topografia da ilha, também pelo fato de estarem viradas para esta e de costas para o mar.
Uma outra teoria diz na verdade que as estátuas seguem um padrão de construção que seria orientado pelas estrelas, tal qual as pirâmides egípcias. As enigmáticas esculturas da Ilha de Páscoa, os moais, podem estar orientados de forma consciente na direção de determinadas estrelas, mais importantes que o Sol para a civilização Rapa Nui, segundo o astrônomo espanhol Juan Antonio Belmonte.

O pesquisador do Instituto de Astrofísica das Canárias fez, junto com o antropólogo da Universidade do Chile, Edmundo Edwards, "uma reinterpretação arqueo-astronômica" dos ahus - as plataformas cerimoniais sobre as quais se erguem os moais - para o que estudaram 30 desses locais. Ambos reinterpretaram teorias anteriores, especialmente do astrônomo norte-americano William Liller, para quem os ahus estavam orientados para os locais de nascer e pôr do Sol nos equinócios e no solstício de inverno.

Belmonte diz que há mais de uma centena de ahus na ilha, de forma que deveria ser feito um estudo estatístico detalhado para verificar se se orientavam em função da astronomia e da topografia, algo similar ao que, para sua surpresa, encontrou no Egito.
"Os egiptólogos diziam que os templos estavam orientados em direção ao Nilo e nós dizemos que os egípcios elegiam lugares com uma orientação astronômica sugestiva, que algumas vezes eram perpendiculares ao rio", explicou. 

Na ilha de Páscoa poderia ter ocorrido algo parecido, mas é preciso "um estudo a fundo."
Os moais "olhavam" para o povoado, do que se supõe que as estátuas eram grandes chefes mortos. No entanto, os investigadores encontraram "conotações arqueo-astronômicas interessantes" nas estátuas situadas no interior da ilha, das quais uma está "claramente" orientada na direção de Plêiades e outras, na direção da constelação de Órion.
A idéia de que os ahus e seus moais estão orientados para as estrelas parte das investigações que sobre o local que fez o antropólogo Edmundo Edwards, que mora na ilha e está casado com uma neta do último soberano aborígine do local. 
Edwards havia ouvido as "idéias antigas e a tremenda importância" que dão os anciãos de Páscoa para as estrelas e, sobretudo, para as Plêiades, que eles chamam de matariki ("pequenos olhinhos") e ao Cinturão de Órion, tautoru ("os três belos"), "mas ao Sol, não prestam muita atenção." Para os habitantes de Rapa Nui, as Plêiades indicavam o inicio do ano no mês de Anakena, quando saíam ao amanhecer, e marcavam em sua última visão da tarde da estação de Hora Nui, a melhor do ano, quando se abria a temporada de pesca e se realizavam rituais em honra dos antepassados frente aos ahus com seus moais, e estava proibida a guerra. Órion também marcava o início do ano e o início das festas principais da ilha, as Paina, em torno da primeira lua do verão. No extremo oriental da ilha, na afastada península de Pike, se encontra um lugar com uma pedra inscrita conhecida como "a pedra para observar as estrelas", e próxima a esta há outra, onde se representa um mapa estrelar. 

Ambas as pedras estão precisamente no único lugar da ilha em que se pode ser as Plêiades nascerem e se pôr. Belmonte explica que os habitantes de Páscoa utilizavam as estrelas como guia para a navegação e para o controle do tempo, através da observação de suas posições em momentos chave do ano. Para os investigadores, o solitário moai Ahu Uri a Urenga olhava para o nascer das Plêiades pouco antes do nascer do Sol no solstício de inverno, marcando o começo de um novo ano em Páscoa. Além disso, os sete moais Ahu a Kivi, as únicas estátuas da ilha que olham para o mar, estão viradas para as estrelas de Órion bem quando estas desapareciam sobre o horizonte marinho, indicando também a chegada do novo ano com a aparição da nova lua no mês de Anakena. 

Uma dificuldade para a investigação é que todos os moais foram derrubados durante as guerras civis que ocorreram na ilha durante o século XVIII, e só começaram a ser reinstalados a partir da década de 1950, sendo que a maioria permanece no chão.

Um comentário:

  1. INTERESSANTE SUA POSTAGEM.
    TAMBÉM JA HAVIA OUVIDO QUE TALVEZ TIVESEM SIDO ERGUIDOS POR SERES EXTRATERRENOS,... SEI ~´ANÉ?
    MAS QUE É INCRIVEL, NÃO HÁ SOMBRA DE DÚVIDAS, PARABÉNS PELA POSTAGEM

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